domingo, novembro 25, 2007

Talvez eu viva numa realidade a parte.
Mas e quem é que não cria a sua própria realidade e vive em função dela?
O homem criou subterfúgios e mecanismos dos mais diversificados para desviar suas agonias, suas dores, e evitar angústias. E quem é que aceita um grande desafio hoje?
Quem é que dá a sua cara a tapa e vive um grande momento?
Quem é que quer ter a sensação de desproteção e impotência diante de ser desvelado por outro?
Sinto-lhe informar mas essas pessoas são raras. E se você topar com elas eu sugiro que agarre-as, porque elas são únicas e apresentam conteúdo.
É nessas horas que eu penso em Baumam e na sua estrutura de pensamento sobre a sociedade liquida e os valores escassos.

Cansei da superficialidade humana e de toda a personalidade vazia.
Cansei de quem não tem nada a acrescentar e vive na ignorância de pensamentos pobres e medíocres.
Cansei de pessoas que acreditam estar protegidas em suas redomas.



Eu preciso de contato.

domingo, outubro 21, 2007

Inferno Astral = Semana Caótica

QUANDO ALGO ESTÁ RUIM, COM CERTEZA PIORA.

Minha semana foi regada à base de muita pressão no trabalho + brigas com a família+ brigas com amigos+ produção em massa na faculdade+ tpm+ insônia - dois quilos perdidos. Achei que ia enlouquecer. E realmente enlouqueci.

Quinta foi o àpice. Meu estado emocional já estava alterado por conta da semana. E Após uma longa discussão com a minha chefe, passei 9 horas na frente do pc ajeitando matéria e fechando. Achei que tinha passado o dia inteiro de lente,(ela havia caído quando eu tinha esfregado os olhos após um choro desesperador), então não havia percebido que estava sem ela. Fechei as matérias, fui pra faculdade, voltei da faculdade. E passei três horas na frente do espelho tentanto tirar a porra da lente que não estava lá. Pensei: "Não é possível cara, não consigo tirar a lente e não posso durmir com ela!!! Ela grudou na minha retina, por conta...sei lá o que, talvez pela pressão do globo ocular." Durmi super mal pensando que o diacho da lente tava lá.
Sexta de manhã corri para o oftalmologista. O cara deve ter pensado. "Essa guria errou de médico. Deveria ir para a psiquiatria.

Conversa com o doutô
- Doutô não consigo tirar a lente, já tentei de todas as formas possiveis e imagnináveis!! Não sei mais o que eu faço.
-Vamos ver o que eu posso fazer então. Senta aki no aparelho, encosta o queixo, abre bem os olhos, olha pra eskerda, direita, lá na frente, uma volta de 360 graus. É... você está sem lente.
-Mentira!! Como assim estou sem lente. Eu sinto que ela está aqui. Além do mais eu estou enchergando muito bem.
-Sinto lhe informar, mas você não está com lente. Se tivesse pela luz auxiliar daria para vê-la perfeitamente.
-Você jura pra mim que eu estou sem lente?
-Juro... você está sem lente.
- Você deve estar me achando uma doida né?
- Olha.. eu já tive pacientes que também acharam que estavam com lente, inclusive machucaram o olho por causa disso.

( Não sei porque mas eu desconfio dessa última frase).
Saí de lá rindo feito uma boba. Era um sorriso nervoso. Eu realmente estava fora de mim.

Lembrei que eu estou no meu inferno astral. Ocorre um mês antes do aniverssário. É quando você passa por todos os signos do zodíaco. É uma época de ajustes e mudanças.


Explodi.

quarta-feira, agosto 22, 2007

"Quando a âncora do meu navio
Encosta no fundo, no chão
Imediatamente se acende o pavio
E detona-se minha explosão
Que me ativa, me lança pra longe
Pra outros lugares, pra novos presentes Ninguém me sente...
Somente eu posso saber o que me faz feliz.

Sou um móbile solto no furacão...
Qualquer calmaria me dá solidão."

Acho que essa música expressa muito bem esse meu momento agora.

É hora de me alimentar de projetos novos,colocar em prática sonhos e vontades
antigas, me abastecer com novidades e coisas frescas.
É hora de fomentar idéias novas, conhecer pontos de vistas diferentes, sorrisos
diversificados.
É hora de quebrar paradigmas, superar obstáculos, transgredir o superficial e banal.


É hora de limpar o salão, tirar a poeira debaixo do tapete, respirar fundo e seguir em frente.


I am the highway.

domingo, julho 29, 2007

Chego em casa,
cabelo desgrenhado cheirando a cigarro
gostinho da vodka na boca e bochechas levemente adormecidas
som ecoando ainda a última música
sapatos atirados ao chão

uma sensação boa como há tempos não sentia antes.
Eu quero mais.

quarta-feira, julho 25, 2007

De volta a blogosfera

Escrevo pra me sentir viva. Desde que apaguei meus três últimos blogs por conta de um novo "renascimento", uma nova etapa de vida que se aprochega, (acredito que todo bom escorpiano me entende nesse quesito), eu vinha sentindo falta do meu caderninho virtual de rabiscos e fragmentos. Pessoas deletam orkut, pintam cabelo de roxo, consultam psicólogos, fazem sessões espirituais pra poder se sentir melhor, eu tenho mania de deletar blogs... tinha até então.
Ao mesmo tempo em que é deliciante você dar uma boa deletada no seu blog, e num segundo você ver aquilo tudo desaparecer na sua frente, ajudando no seu processo de "auto-construção", eu ficava sem poder despejar meus fluxos descontínuos de pensamento. A frase clichezona "o feitiço virou contra o feiticeiro" é bem salutar nesse momento.
Ao contrário de certas pessoas acharem que o mundo "virtual", que é bem real, faz você se distanciar do mundo "real", e criar relações cada vez mais "líquidas" sem nenhum toque, pois eu diria o oposto. É um momento de entrar em contato consigo e com as outras "entrementes". É nesse espaço que, talvez, você realmente compreende e "toca" no humano.
É tudo uma questão de reorganização de espaços e comunidades nesse mundo pós-moderno. Já diria McLuhan "O meio é a mensagem".
Eu concordo com ele.

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domingo, dezembro 03, 2006

Cansada do mundo virtual, e coisas irreais. Vidas superficiais cristalizadas numa redoma sem sentimento, ludicidade e claro, contato. Enjoei mesmo. Tem horas que a vida pede mais. Seu estômago se remeche e rejeita qualquer obviedade e facilidade de encontro. Eu quero vida. Eu quero pele. Eu quero complexidade. Quero pessoas ao meu redor. . . . Esgotei.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Talvez eu tenha andado sensibilizada demais. As vezes a gente não para pra reparar as belezas que existem ao nosso redor. Ontem ao voltar da faculdade, deparei-me com uma lua imensa a minha frente que ao sair do automático que a rotina da vida nos impõe, eu fiquei desconjuntada diante daquele monumento, e senti que o tempo passa, tudo passa, mas deixamos de viver as pequenas coisas da vida e que isso sim é que faz algum sentido. Hoje o vento bateu diferente. E hoje eu despertei. Um bom dia pra ficar debaixo de um bloco tomando um vinho ao lado de uma boa companhia.